À Procura de Audrey - Sophie Kinsella

Olá, venho trazer mais um livrinho. Essa escritora é super d+ e neste livro ela não ficou para trás.

Essa é a história de Audrey que é uma moça, pré-adolescente. Passou por uns problemas na escola com suas "amigas" que foram expulsas e adquiriu problemas psiquiátricos. De início ela não nos conta a verdade, somente que usava óculos escuros e que tinha medo do olhar das pessoas, e também não se sentia bem se as pessoas lhe tocassem. Mas mais pra frente ela nos conta que sofre de transtorno de ansiedade social e generalizados com episódios de depressões.

"Episódios. como se a depressão fosse um seriado de comédia, sempre com uma tirada hilária. Ou uma série de TV cheia de suspense e finais abertos. O ún ico suspense em minha vida é: Será que um dia vou conseguir me livrar dessa merda? e pode acreditar, fica bem monótono."

Nessa história é encaixado também seu irmão Frank, viciado em jogos de computador, acredita que poderia ganhar milhões em um jogo chamado Land of Conquerors, então treinava bastante e esse menino é uma figura no livro. Teve sua personalidade bem moldada e nos lembra os garotos de hoje viciados em jogos também.

Outro personagem legal é a mãe de Audrey que parou de trabalhar para cuidar dela, já que está com transtorno, mas eu a vi como aquelas mãe que arrumam algo para se preocupar e começam a ler todos os tipos de artigos sobre saúde, filhos, casa e é realmente o que ela fazia e ficava fissurada cada dia em uma coisa nova e nisso ela leu no Daily mail sobre filhos viciados em internet e sua missão no momento era salvar seu filho do vício, por isso o livro se inicia com ela ameaçando jogar o computador de Frank da janela do segundo andar.

Então Audrey nos conta a história que aconteceu antes deste episódio da mãe dependurada na janela com o computador nas mãos. Um mês antes seu irmão já estava viciado e para jogar precisava de um grupo de jogadores, então ele tinha sua turma e um desses garotos é o Linus.

Linus curioso e interessante quis se comunicar com nossa protagonista, mas com todos aqueles problemas não foi possível de forma convencional, então arranjou um jeitinho com recadinhos levados pelo irmãozinho Félix que estava adorando a função de menino correio. Após isso os dois se tornaram amigos de um jeito diferente, pois ele não a forçava a conversar e mesmo assim fazia ela se sentir a vontade de vencer os medos que o transtorno lhe trazia.

Audrey se consultava com a psicóloga Sarah que a encorajou a fazer um filme para que assim ela pudesse olhar pras pessoas nem que se fosse pela câmera. Então teve várias partes narrada como filmes e isso foi muito legal.

Com o tempo Ela e Linus começam a ter mais liberdade um com o outro e se abrirem mais, ele a ajuda a acreditar que vai superar seus medos, tem uma tática novamente para desafiá-la e assim cresce essa nova amizade ou podemos chamar de amor?

Como todos os livros desta escritora me diverti bastante lendo, torci bastante para ela vencer seus medos, sempre acontece algo que nos surpreende, né? Pois é, e realmente aconteceu. Indico pois assuntos abordados são atuais, vícios, bulling, briga familiar, transtorno, romance, superação...
Amei!

"Aprendi, porém a não lutar contra o cérebro reptiliano, mas meio que o tolerar (...) Passei a ver basicamente como uma versão de Félix. Funciona na hora que quer, sem qualquer padrão discernível, não faz sentido algum, e você não pode deixá-lo comandar sua vida. De deixássemos meu irmãozinho no comando, vestiríamos trajes de super-herói o dia inteiro e não comeríamos coisa alguma além de sorvete.
Se tentar lutar contra o Félix, no entanto, o que receberá em resposta são lamúrias e gritos e pirraça, o que torna tudo mais e mais estressante. A técnica, portanto, é deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro, assentir, depois o ignorar, fazendo o que você bem entender. O mesmo serve para o cérebro reptiliano."