domingo, 29 de outubro de 2017

Dançando sobre cacos de vidros - Ka Hancock

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Olá pessoas!!!

Trouxe mais um livro emocionante. Este livro me conquistou de uma forma que foi difícil terminar, eu queria mais e mais dos personagens. No fim fiquei refletindo bastante sobre a vida e a morte. Refleti também sobre meu maior sonho, que é ser mãe. Me coloquei no lugar da personagem e imaginei fazendo as mesmas escolhas dela. Não preciso contar que me derreti em lágrimas, né!?

O livro conta a história de Lucy Houston, uma garota que ao fazer 21 anos conhece o homem da sua vida, Mickey Chandler. Apesar dele afastar as pessoas de si, já estava apaixonada e contou que não havia nada que a faria desistir de ficar com ele, assim Mickey contou seu problema, e como prometido, esse "problema" não impediu dela continuar querendo passar seus dias com ele.

Mickey Chandler sofria de transtorno bipolar. Viu a sua mãe arruinar nesta mesma doença. Viu seu pai tentar cuidar dela nesta situação e seu irmão a chamar de louca. Tinha vergonha de si, e como eventualmente tinha crises e precisava ficar internado, não se achava digno de compartilhar a vida com uma outra pessoa sem essa doença e construir uma família.


"-Como vai ser a minha vida se eu me casar com ele? O médico de Mickey me estudou por um instante e respirou fundo.
-Lucy, todo casamento é uma dança: complicada às vezes, maravilhosa em outras. Na maior parte do tempo não acontece nada de extraordinário. Com Mickey, porém, haverá momentos em que vocês dançarão sobre cacos de vidro."


Além deste "problema" da doença de Mickey, Lucy tinha uma grande possibilidade de desenvolver câncer devido ao histórico familiar. Sua mãe morreu muito cedo desta doença, assim elas e suas duas irmãs viviam atentas aos exames, pois quanto mais cedo descobrissem a doença, maior probabilidade de sair dela.

Mesmo nada sendo a favor do casal, se casaram e foram muito felizes. Passaram por tratamento da doença alguns anos após o casamento e várias internações de Mickey devido sua doença. Com isso ambos firmaram um acordo: entre outras coisas, nunca teriam filhos para não repassarem suas terríveis heranças genéticas.

O que me chamou a atenção neste livro foi o tratamento dado à morte e à vida. Lucy era muito íntima com a morte a ponto de saber quando ela estaria por perto para levar alguém próximo. Isso a ajudava a compreender e não sofrer tanto. Entendendo que nem sempre a morte é algo ruim, pode servir também como alívio. Receber o abraço dela e ser confortada, cessando todo o sofrimento que ali defrontavam momentos antes. Soube o momento da morte da mãe e do seu pai, soube ser forte e se aliar à suas irmãs para uma ser o alicerce da outra.


"(...) a morte não era o fim, que não doía e que, se eu não tivesse medo, receberia algum aviso sobre quando ela viria. Venho carregando essas palavras a vida toda como um talismã."


O auge do livro, onde a história realmente acontece é quando Lucy, fazendo exames de rotina, descobre estar grávida. O plano era não repassar a herança genética, mas nem sempre o planejado é o que acontece. O pior mesmo não foi isso, mas sim a descoberta que o câncer voltou e ela teria que escolher entre continuar com a gravidez e talvez não se salvar ou interromper a geração da vida e tentar se salvar.


"Queria dar à luz uma menininha saudável, segurá-la, sentir seu cheiro, ver a primeira reação de Mickey. "


Lucy tinha duas irmãs Priscilla e Lily. Se uniram ainda mais após ficarem órfãs. Priscilla foi muito contra seu casamento, não via futuro com um cara doente e após a descoberta novamente do câncer e a gravidez, foi a favor do aborto para salvar sua irmã. Agora Lily, sua outra irmã tinha um maior sonho, que era ser mãe, porém não podia. Ela e seu esposo tentaram adotar, mas depois de passar por duas decepções e os corações ficarem feridos, desistiram. Lily sempre ficava do lado de sua irmã, eram inseparáveis, melhores amigas e confidentes. Não foi diferente nessa situação.

Esse livro é um aprendizado sobre a vida, sobre saber dar valor ao presente e à família. Tive muita empatia com a personagem Lucy e me tornei amiga dela. Me emocionei tanto que não conseguia esconder as lágrimas na rua ou no ônibus. A superação de Mickey também me emocionou muito.

Este é um dos livros que eu não podia morrer sem conhecê-lo. Indico para todas as pessoas, mesmo que não goste desse gênero.

"Não demorou para que eu entendesse o que ele quisera dizer. Cacos de vidro. Nesse momento, estávamos descalços e dançando sobre um mar de cacos de vidro. Por mais verdadeiro que isso fosse, porém, Mickey sabia que eu dançaria com ele para sempre se pudesse, mesmo que meus pés sangrassem."

sábado, 7 de outubro de 2017

A menina que não sabia ler 2 - John Harding

Resultado de imagem para A menina que não sabia ler 2 Ola pessoas!!!

Trouxe o segundo livro que da continuidade a historia desse grande suspense que apaixonei pela trama e estou obcecada pela personagem Florence que claramente tem um problema psiquiátrico.

Este segundo livro passa em um hospital psiquiátrico. John Shepherd foi um médico morto em um acidente no trem onde foi trocado a identidade de uma pessoa perseguida pela policia. Foi a solução que ele achou para poder ter uma segunda vida. Se candidatou a auxiliar do médico psiquiátrico com uma tese em cuidados humanizados, que na verdade não sabia o que se tratava, a intenção era ser aceito, após algum tempo sair daquele lugar e começar uma nova vida com uma nova identidade.

O hospital ficava em uma ilha e era da responsabilidade do Dr. Morgan tratava exclusivamente de mulheres. Assim que Shepherd é recebido no hospital e vê o tratamento dado à pacientes do local, defende a tese do médico morto sobre tratamento moral. Assim, ele tem permissão para fazer um teste com uma das pacientes.

Jane Pomba é a paciente escolhida, é chamada assim, pois a mesma alega que perdeu a memória não se lembra seu nome. Além disso tem um palavreado diferente, conjuga verbos errados, inventa palavras e diz ser analfabeta. Foi encontrada perambulando sem saber quem era, por isso foi levada ao hospital.

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Shepherd acredita que Jane Pomba não é nenhuma louca para estar ali e quer ajudá-la a sair. Porém tem outros problemas a resolver, como a enfermeira chefe que sempre questiona seus atos e fica o vigiando, a ex namorada do falecido médico que não sabe a verdade e está prestes a descobrir se aparecer na ilha e o mistério em volta de uma louca que o atacou na madrugada.

Este segundo livro também foi muito bem, cheio de mistérios e suspense, mas o primeiro me chamou mais a atenção. Ainda tem muitos nós sem desatar, entre o primeiro e o segundo livro precisa de uma explicação, tem um vácuo ali que o terceiro livro irá tampar, por isso estou aguardando ansiosa por ele e fazendo varias teorias.


"Virei a cadeira e dei com o rosto de uma mulher. E que rosto! Os cabelos negros envolviam sua tempestade selvagem, seus olhos brilhavam como dois pedaços de carvão em brasa, como se ela tivesse saído do inferno para vir me buscar. Sua pele era branca como a de um cadáver e os lábios, vermelhos como sangue. Quando nossos olhos se encontraram ela soltou uma gargalhada, estendeu os braços e agarrou meu pescoço."

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A menina que não sabia ler 1 - John Harding

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Olá pessoas!  
Trouxe uma nova leitura envolvente, misteriosa e surpreendente. Fiquei sem ar no fim do livro e louca por respostas, descobri que tem o segundo e me afundei na leitura.

A história se passa na Nova Inglaterra e a nossa protagonista é Florence. Ela com 12 anos e seu meio irmão Giles com 8 são órfãos e de responsabilidade do tio, tio esse que eles não lembram de tê-lo conhecido, pois vivia em um casarão em Blithe repleto de quartos vazios, com alguns empregados e uma governanta que eram os reais cuidadores das crianças.

Seu tio as negligenciava tanto que elas não o conheciam, mas sabiam que ele era totalmente contra meninas aprender, por isso Giles foi enviado a um internato para estudar e Florence ficava em casa imaginando historias, descobrindo coisas sobre a grande mansão que morava. Um dia descobriu a grande biblioteca, mas era um território proibido. Tão esperta e com muita vontade de mergulhar no mundo da leitura aprendeu a ler só de observar as pessoas fazendo, assim foi praticando com alguns dos livros da biblioteca.

Outra grande distração que ela ganhou foi o menino Theo, vizinho da mansão que começou a aparecer por la todos os dias de tarde, sofria de asma, por isso estava afastado da escola. Sabendo que ela gostava de poesia, fazia versos em troca de beijos. Se tornaram muito amigos e companheiros, a ensinou a patinar.

Se preocupava muito com as cartas que Giles enviava e ficou aliviada quando ele foi dispensado da escola para estudar em casa, estava muito atrasado em relação aos outros alunos. Uma professora foi contratada para dar aulas ao menino mas um desastre aconteceu. Ela morreu afogada no lago da casa quando dava um passeio com nossa protagonista.

Logo em seguida foi contratada uma nova professora, a Srta Taylor. Uma mulher muito misteriosa e da mesma forma que  Florence parecia obcecada pelo Giles, essa professora também era.  

Florence colocou na cabeça que essa professora misteriosa era sobrenatural e  queria fazer algum mal a ele e começa a procurar pistas do seu plano.

Resultado de imagem para A menina que não sabia ler 2A partir dessa parte o livro fica muito mais interessante, Florence tem que fingir de sonâmbula para poder sair do quarto a noite a fim de investigar a mulher, proteger seu irmão se torna prioridade.

Florence que nos conta os fatos assim permitindo-nos sentir mais suspense a cada linha, foi uma leitura de tirar o folego. Acho que essa capa não tem nada a ver com a leitura, se tivessem preservado a capa original seria melhor. 

"Meu sonho havia se tornado realidade! Exatamente como sempre acontecia, eu o tinha visto na vida real. Percebi finalmente porque desde o inicio tinha havido essa sensação de familiaridade com a Srta Taylor, pois desde a mais tenra infância eu a vira inúmeras vezes no sonho"