quarta-feira, 13 de junho de 2018

A Menina que Tinha Dons - M. R. Carey

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Nem todo dom é uma benção
Olá pessoas!!!


Trouxe essa leitura impressionante, por este título pense que seria outra história, mas já no início percebemos que se trata de um futuro distópico e como sabem adoro esse tipo de livro, mergulhei na leitura e amei, então vamos à história.

Melaine é uma criança de 10 anos que vive em um tipo de quartel. Esse local foi construído para pesquisas. A sociedade está acabada, foi atingida por um tipo de fungo que aloja no cerebelo dos humanos e acabam virando os famintos, (tipos de Zumbis) que se alimentam de carne humana e dentro da pessoa o fungo se alimenta do cérebro da pessoa, ela vira um morto-vivo andando por aí atrás de alimentos.

No meio dessas pessoas existem crianças que possuem esses fungos no cérebro, porém o mesmo age de forma diferente, as crianças conseguem viver com a essência da mesma  e se não tiver nada que estimular a fome elas vivem normais. Algumas dessas crianças, como a Melaine foram capturadas e levadas a esse tipo de quartel, lá elas teriam aulas onde aprenderiam a ler, escrever, história da nação e etc.

Srta. Justineau é uma das professoras da Melaine e é a preferida. As aulas dela era a melhor, ela contava histórias e olhava nos olhos das crianças. Nem achava ruim de ser amarrada e amordaçada a uma cadeira sendo que é para aprender. Acredita que um dia aquilo tudo acabaria e poderia ver tudo de lindo do lado de fora, veria as flores que a sua linda professora levou do início da primavera.

Neste local existia uma cientista em que fazia pesquisa no cérebro das crianças, a fim de descobrir a cura para toda a sociedade, ela estava de olho na criança mais inteligente, mais curiosa e tinha plena certeza que se avaliasse o cérebro dela descobriria a formula. Essa criança era a nossa protagonista Melaine.

A professora Justineau quando descobriu que sua aluna preferida foi levada, foi atrás e entrou no laboratória a fim de resgatar Melaine que já estava na maca no ponto de ser cortada a cabeça. Neste mesmo tempo houve um ataque ao quartel dos lixeiros (são umas pessoas marginais que não eram protegidas pelo governo e se defendiam dos famintos de forma própria.).

Assim conseguem se ver fugindo dali a nossa personagem principal Melaine e sua professora Justineau, o chefe do quartel, o sargento Parks e um soldado e a cientista Dra. Caldwell. Eles saem pela cidade a procura de abrigo, comida, com perigo de serem atacados tanto pelos famintos quanto pelos lixeiros. Melaine descobre quem ela é realmente, o perigo que ela representa para aqueles que estão com ela, a fome que a preenche quando sente o cheiro dos humanos, mas ao mesmo tempo não quer ser este monstro.

Um livro muito envolvente, algumas partes foram confusas, pois demorei para entender o conceito de famintos, lixeiros, rose, etc mas quando entendi foi muito boa a leitura.

"Por mais que se olhe, o dia não foi nada bom. ela quer fazer a pergunta que está queimando em seu coração. Porque a Srta. Justineau vai saber. Claro que vai. A Srta. Justineau sabe tudo. Mas ela não consegue perguntar, porque não consegue fazer com que as palavras saem, Ela não quer admitir que tem uma dúvida, uma pergunta ali. O que eu sou? Então ela não diz nada. Espera que a Srta. Justineau fale. E depois de um bom tempo, a Srta. Justineau fala.
-Você foi muito corajosa. Se não tivesse aparecido daquele jeito e se não tivesse lutado com aqueles homens, eles teriam me matado.(...)"

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Uma Estranha Em Casa - SHARI LAPENA

Resultado de imagem para uma estranha em casa resenhaOlá pessoas!

Trouxe um suspense maravilhoso e intrigante, do mesmo autor de O casal que mora ao lado, agora com essa história que me deixou louca para saber logo o fim, então vamos à história.

Tom e Karen são casados há dois anos e são felizes, se dão muito bem, moram em um bairro de classe média e Tom acha que conhece bem Kate até que acontece um acidente onde a verdade sobre sua esposa vem à tona.

Kete recebe um telefonema, sai correndo, deixa a casa aberta, deixa sua bolsa com tudo, luzes acesa e vai a um bairro perigoso de periferia do outro lado da cidade. Na volta se envolve em um acidente, pois estava em alta velocidade e é encaminhada ao hospital.

Tom chega e percebe que algo aconteceu, pois ela é sempre cautelosa ao dirigir, nunca aconteceu dela sair e deixar a casa aberta ou esquecer sua bolsa, mas não terá resposta agora, pois Kate perdeu a memória, não se lembra do que ia fazer ao sair de casa, não sabe dizer o que a fez dirigir em alta velocidade.

A partir daí vem as investigações, pois neste mesmo local onde Kate tinha ido, houve um assassinato a tiros. A pessoa que o matou planejou, pois levou uma luva emborrachada de cozinha rosa. A polícia consegue ligar ela ao assassino, mas ainda faltam provas, o advogado pede sinceridade e promete a proteger.

Kate tem uma vizinha e melhor amiga que fica o tempo todo da janela os observando, desconfia que Kate tem algo escondido e depois do acontecido Brigid tem certeza disso. Quando a verdade começa a aparecer nós leitores não acreditamos no que Kate passou para estar ali. E depois com o fechamento do livro ainda percebemos que nada que sabemos ainda é a verdade.

Indico este livro pra quem gosta de suspense policial com descobertas fascinantes.

"Ela está mais calma agora que Brigid chegou. É uma sorte ter uma amiga tão boa morando do outro lado da rua. Karen sabe que Brigid largaria o que quer que fosse para acudi-la. Gostaria de podr confidenciar por que etá tão assustada. Mas não pode contar a verdade nem à melhor amiga nem ao marido."

sábado, 9 de junho de 2018

Nunca olhe para dentro - Amanda Ágatha Costa

Resultado de imagem para nunca olhe para dentro resenhaOlá pessoas!!!

Trouxe um livro, romance que me impactou bastante, muito lindo e trás uma reflexão muito boa sobre alguns assuntos como por exemplo violência doméstica, racismo, homofobia, entre outros, então vamos à história.

Betina é uma menina que quando criança foi a famosa menina prodígio da cidade, pintava quadros e viva com seus pais que sempre a apoiavam na arte que era seu sonho. Um dia, voltando de sua primeira exposição de quadros, estavam todos felizes dentro do carro, fazendo planos para comemorar o dia, um carro veio em cima do carro de seu pai. Ele para evitar um acidente maior, desviou o que acarretou em um terrível acidente. Seu carro foi jogado em um rio, seus pais ficaram presos na lataria do carro, Betina boiou na água congelada, ficou por algum tempo desacordada e sem respirar, mas por milagre do destino conseguiu sobreviver àquele acidente.

 Betina, então foi encaminhada a um orfanato onde ficou até ser levada para morar com sua tia. A partir daí sua vida virou de cabeça pra baixo, ela não entendia o porque de sua tia a odiar tanto. Foi obrigada a para de pintar, teve que escolher uma faculdade para cursar diferente da que queria realmente, pois não podia mexer com artes mais e além disso nunca conseguia ficar com amizades, pois sua tia inventava histórias sobre ela e acabavam se distanciando da mesma.

Tinha o costume de ir toda sexta-feira, que foi o dia do acidente no lago para conversar com seus pais, levava flores e prometia sempre que iria fazer justiça. Tinha uma caixa que foi dada pela sua mãe com a frase, "olhe para dentro", mas ela acrescentou o NÃO no início, pois ali colocava as suas melhores lembranças, essas que doíam sempre que olhava e lembrava.

Paola é a única amiga de Betina, foram unidas pelo descaso dos outros amigos, Paola é negra e sempre recebia racismos, encontraram apoio na amizade e tinham um relacionamento de irmãs. A mãe dela sofria com drogas, temos esse drama também retratado no livro, e era ciente de tudo que Betina passava, sempre dava apoio para poder sair da casa de sua tia e parar de sofrer na mão dela.

Caio também é amigo de Betina, é gay e super resolvido. É aceito por sua mãe e família, é o personagem mais feliz e positivo do livro. Nele também Betina e Paola encontra refúgio dos problemas. Eles estudam juntos psicologia.

Na casa de Betina ela vivia se escondendo da sua tia, ela levava os namorados e eles ajudavam a maltratar nossa personagem. Recebia agressões físicas por nenhum motivo, chegou a ter feridas devido a essas agressões e não podia recorrer a ajuda. Tinha o objetivo de pegar a própria pensão e se mudar, e além disso continuar com uma investigação sobre o acidente dos seus pais, ela acredita que esse acidente foi proposital, precisa de saber a verdade.

Além desses dramas contados acima, Betina conhece um médico chamado Nicolas que fazem um casal lindo contra todas as possibilidades. Com o tempo torcemos pelo futuro do casal e gostamos cada vez mais da história.

Uma história que nos faz saber que lembranças, amor e amizades são importantes, nos dão força para seguir em frente. Indico essa história, muito linda e emocionante.

"Eu sempre me expressei através das pinturas. Eu sempre quis mostrar as minhas cores nas telas. O sempre tem aquilo de achar que será para sempre, até que de repente vira um nunca. Até o sempre se engana."

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Em águas sombrias - Paula Hawkins

Resultado de imagem para em águas sombrias resenhaOlá pessoas!!!

Trouxe uma leitura curiosa e misteriosa. Da mesma escritora de A Garota no Trem, agora com essa sombria história sobre suicídios. Então vamos à história.

Beckford é uma cidadezinha em que passa a nossa história, e nela existe um lago onde é conhecido como o lago dos afogamentos, devido acontecer muitos "suicídios" frequentes. Existem lendas e contos sobre este lago que dizia que bruxas eram julgadas naquele lugar e por isso a cidade era "amaldiçoada" por este passado.

Nel foi encontrada morta naquele lago, supostamente um suicídio da mesma forma como aconteceu há um mês com Kate. Lena é filha de Nel e ex melhor amiga de Kate, ela perdeu as duas para aquele poço amaldiçoado, mas não consegue acreditar que sua mãe teve coragem de tirar sua própria vida, da mesma forma que quer que parem as investigações e aceitem a verdade.

Jules é irmã de Nel e se foi da cidade há muitos anos, para nunca mais voltar, mas com esses acontecimentos, como era a única parente viva de Lena, voltou e permitiu continuar com as investigações.

Nel e Jules estavam com o relacionamento prejudicado desde a infância/adolescência. Jules sofria muito bulling por ser gorda, escondia além disso cenas de abusos que sofrera nessa infância. Sofria na mão da irmã que não a protegia desses sofrimentos e ainda a fazia medo sobre as lendas do poço. A casa delas ficava do lado do lago e isso permitia que elas iriam lá todos os dias, com o tempo Nel foi ficando cada dia mais fissurada com aquelas histórias e lendas, começou a escrever documentários sobre o local, escrevia sobre cada suicídio desde antes dela nascer.

Ainda na história entra outros personagens como a professora que não gostava de Nel e que perdeu a sua filha Kate, o irmãozinho de Kate que está passando por um período difícil de luto, a diretora da escola e seu marido que é da polícia, o velhinho pai do policial, a velhinha Nikie que nunca era levada a serio, o professor que não podia ter se envolvido com menores de idade e etc. São muitos personagens, cada um com uma história a contar, por isso a cada capítulo nos desconfiamos de pessoas diferentes.

O livro é contado por várias pessoas e sempre indo do passado de Jules e o presente da mesma e o fim é impressionante, muito bom o fechamento, por mais que no início fica um pouco confuso devido a quantidade de personagens e histórias a ser assimilada, vale a pena ler, como qualquer outro livro dessa escritora que está ganhando muito destaque.

"-Sabe que eu cheguei a pensar que ela tinha me abandonado? A mamãe. Quando eles a encontraram, vieram e me contaram,eu achei que ela tinha escolhido morrer porque se sentia culpada pelo que tinha acontecido com a Kate ou porque sentia vergonha disso, ou... sei lá. Só porque a água exercia uma atração maior sobre ela do que eu."