terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Quem é você, Alasca? – John Green


Este é mais um livro deste escritor que sempre gosto de ler suas histórias, por tudo que tem por trás delas... Este trás pra nós uma reflexão do nosso Grande Talvez e o Labirinto da vida.

A história nos conta a vida de Miles, um garoto praticamente sem amigos, é anti social e que resolve se mudar. Mudar de colégio, de pessoas que o cercam, e segundo ele ir atrás do seu Grande Talvez.
Seus pais não acreditavam que ele não tinha amigos até fazer uma festa de despedida e aniversário em que não foi ninguém.
Achei ele desinteressante, exceto pela sua mania de ao invés de ler os livros, lia as biografias dos autores e decorava a última fala da pessoa antes da morte. Mesmo que eu odeio biografias, achei isso legal, acredito que não existe pessoa que faça isso, mas a parte de últimas palavras foi genial, sem utilidade, mas genial.

Chegando no colégio interno em que seu pai também estudou, conheceu seu amigo de quarto, o Chip, conhecido por todos por coronel. Acho esse personagem o mais legal, baixinho, invocado, com atitude e engraçado. Logo conta como as coisas funcionam por lá e já diz que a regra interna dos alunos é nunca dedurar ninguém, por pior que seja, eles resolvem entre si. Conta pra ele que tem os guerreiros do dia de semana, que são os meninos que tem dinheiro e vão pra casa fim de semana e os que não estão neste grupo. Fica sabendo dos famosos trotes e logo cai em um em que o fazem para atingir o coronel.

Lá ele também conhece uma garota de nome Alasca Young. Ela é muito misteriosa e de lua, tem dia que está feliz, conversadeira, tem dia que não quer conversar, não quer ajudar ninguém. É daquele tipo de pessoa com personalidade intensa, rebelde, não sabe o que aguardar a cada momento, é imprevista, às vezes filósofa. Segundo Miles é linda e logo ele gosta dela, apesar de sua personalidade forte. O bom é que o autor criou uma história por trás para justificar o porquê dela ser assim.

"Eu  me virei para o outro lado e puxei o edredom sobre a cabeça. Não sabia se podia confiar nela e já estava cansado de sua imprevisibilidade - fria num dia, meiga no outro. Eu preferia o coronel: pelo menos, quando ele ficava mal-humorado, tinha um motivo."


Desde o início do livro, a cada fim ou início do capítulo tem uma contagem regressiva, que apesar da história e dos personagens, essa contagem é que me fez ler até o fim. A minha curiosidade para saber o que iria acontecer nesse fim de linha. E logo no meio do livro chegou-se na contagem zero e assim descobrimos o que houve e a partir daí há uma nova contagem, mas agora o que me fez continuar a ler é a curiosidade de saber o que realmente aconteceu.

O mais legal é os trotes que eles pregam, até o diretor, chamado carinhosamente de águia cai e é engraçado, mas tem coisas que na verdade é o que acontece na vida: a influência para fazer coisas erradas, como se viciar e se embebedar a ponto de não saber o que está fazendo direito. Esperei uma evolução do personagem, mas não.
Gostei também das muitas frases de sabedoria que o professor dava e que Miles aproveitava bastante.

"Como sairemos deste labirinto de sofrimento? - A.Y."




Indico ver o vídeo de meu amigo Edu do canal Perdido nos livros  ir  =>>>

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