A Pérola que Rompeu a Concha - NADIA HASHIMI

Olá pessoas!!!


Trouxe uma magnífica história sobre, em especial mulheres do Afeganistão. Este livro nos põe de cara com questões como política, corrupção, casamento infantil, descriminalização de deficientes,  violência às mulheres e desigualdade de gênero sofridas naquele pais e foi muito bom ler sobre essa outra cultura. Tenho uma empatia enorme por esse povo, em especial às mulheres e crianças, então vamos à essa história inspiradora.

"Assim é a vida para as meninas. Uma filha não pertence de fato a seus pais. Uma filha pertence aos outros"

Rahima é uma criança que vive no Afeganistão com sua mãe, chamada pelos filhos de Madar-jan e seu pai chamado pelos filhos de Padar-jan, e suas duas irmãs mais velhas e mais duas irmãs mais novas. Ou seja, eram cinco filhas e ela era a do meio. A cultura daquele povo não via com bons olhos uma mulher que somente tinha filhas, era humilhante para o pai não ter filho e isso atrapalhava o andamento daquela família. A mãe se sentia impotente por não ter gerado menino e o pai colocava a culpa nela.

As meninas adoravam estudar, porém devido às circunstâncias não podiam sair de casa sozinhas, pois era perigoso. E tinham também a cultura em que, meninas tinham que sair de burca, andar de cabeça baixa, não poderia olhar nos olhos dos homens e etc. Sua mãe sentiu que tinha a necessidade de um menino, mas não queria se arriscar engravidar novamente, a casa já estava cheia e seu marido vivia viajando para guerra e quando estava em casa ficava muito irritado devido aquela situação, ficava somente deitado e fumando ópio (maconha).

A solução mais fácil que essa família recorreu foi transformar uma de suas filhas em Bacha posh (que significa vestida como um menino em dari). Rahima foi a filha escolhida, pois ainda não tinha virado moça, tinha 10 anos e era esperta. Seu cabelo foi cortado e lhe arrumaram roupas masculinas. A partir dali sua vida modificou, teve a liberdade que todo o garoto Afeganistão podia usufruir. Podia brincar na rua com outros garotos, olhar nos olhos de outros homens, sair para estudar, para comprar coisas na feira pra sua mãe, acompanhar suas irmãs na rua e etc. Os costumes caseiros das mulheres também foi mudados, agora não precisaria ajudar nos afazeres da casa, mas trabalharia na rua ganhando algum trocado para sua mãe.

"Minha caminhada acelerada se transformou em uma corrida quando percebi que não precisava ser recatada e respeitável. Um homem velho passou e experimentei olhar diretamente para ele, fitando seus olhos semicerrados, e vi que ele não reagiu a minha insolência. Animada, comecei a correr mais rápido. Ninguém me olhou duas vezes. A sensação era de que minhas pernas estavam livres, em disparada pelas ruas."

Viveu como Bacha posh até os 13 anos, quando um homem muito poderoso quis tomá-la como esposa. (sua quarta esposa). Teve que deixar toda sua vida pra trás e se sujeitar a seu novo marido, dar filhos e cuidar da casa, aceitar sua sogra e as outras esposas dele. O homem além de oferecer dinheiro ao pai dela, ofereceu uma parte da plantação de ópio e casamento para as outras irmãs mais velhas dela.

"Ser mãe significava uma ruptura permanente com sua vida anterior. Não poderia mais pairar entre os gêneros, como uma pipa levada pelo vento. Não ia mais amarrar os seios para disfarçar sua silhueta. Não enganaria ninguém."

Rahima tinha uma tia, irmã de sua mãe, chamada Khala Shaima. Ela sempre foi muito presente e sempre lutava pelos direitos das meninas. Ela nasceu com uma deficiência na coluna e a cultura daquele povo era, se alguém nascesse "diferente" era marginalizado e não conseguia se casar. A irmã de Rahima também tinha uma pequena deficiência e isso as unia ainda mais. Então, ela sempre contava pras meninas uma história de sua tretavó.

O livro mescla entre a história de Rahima e de Bibi Shekiba. Ela inspira sua vida e suas decisões com a história que ouve sobre sua tetravó. E a história de Shekiba é muito interessante e inspiradora para nossa protagonista.


Shekiba, uma menina que vivia com sua família separada dos familiares do pai. Na época ocorreu um surto de cólera e todos seus irmãos foram cometidos por essa doença, após a morte dos irmãos a mãe também faleceu ficando somete Shekiba e seu pai. Ali eles ficaram trabalhando na horta e com os animais, tocando a vida. Tanto seu pai como ela tinha um dom para mexer com a terra.

Depois de um bom tempo seu pai também faleceu e nossa segunda protagonista ficou só no mundo. Tinha os parentes de seu pai, porém não achou interessante mudar de vida e ir procurá-los. Continuou vivendo sua vida, emagreceu muito e chegou um tempo que foi obrigada a mudar-se para casa de sua avó. Lá era muito maltratada, era julgada culpada da morte do pai e de toda a família, pois quando pequena ocorreu um acidente e derramou óleo quente em seu rosto. Ou seja, um lado de seu rosto é lindo e o outro desfigurado.

Ali conhecemos a vida de Shekiba na casa da avó, depois quando ela foi "vendida", depois quando foi "doada", depois quando quase foi morta e etc.
Em contra partida conhecemos a vida de Rahima de casada e seus pensamentos e ideias. A vida de ambas, vivendo cada qual na sua época, mas dando inspiração e força.

Foi muito interessante ler essa história. Ver como Rahima teve que de Bacha posh voltar a se comportar como menino e como ficava com saudades da liberdade que somente eles tinham. O domínio que os homens ali tem em cima das mulheres e por mais que pareça fora da realidade nossa, a cultura daquele país é este e não mudou muito nos dias de hoje.

"Imaginando como teria sido a vida se eu nunca houvesse me tornando uma Bacha posh. Acho que foi a partir dessa transformação que minha família começou a desmoronar. E, é claro, cogitava se Shala e Parwin tinham os mesmos pensamentos. E se ainda se ressentiam das atitudes que eu tomara. Eu também queria saber o que Bibi Shekiba estava planejando. 

Eve & Adam - Michael Grant e Katherine Applegate

Olá pessoas!!!


Trouxe um romance lindo, quer saber? Nada convencional. Nuca vi uma história parecida com essa. Na capa do livro está escrito: "Quando nenhum namorado é perfeito, construa o seu." Assim me chamou a atenção e me cativou a ler, não me arrependi, amei a história.


Eve é uma jovem, filha de uma mulher super poderosa, rica, autoritária e controladora. Terra Spiker é dona da poderosa empresa que faz estudos sobre genética e desenvolvem vacinas e curas para  doenças. Seu marido, pai de Eve tinha morrido anos antes em um acidente de carro, cuidava de sua filha sozinha e controlava sua poderosa empresa.

Em um dia Eve envolveu-se em um acidente de carro e foi levada ao hospital. Sabia que o acidente tinha sido feio, pois tinha visto sua perna sendo decepada, separada do corpo. Passou por cirurgia e estava em repouso quando ouviu sua mãe discutindo com o médico responsável, pois tiraria sua filha dali.
Lógico que os médicos não aprovaram essa ideia, tinha pouco tempo após o acidente e Eve ainda não estava estabilizada. Terra Spiker usou seu poder, sendo quem era, dona da empresa mais importante da área da saúde e conseguiu transferir sua filha para o prédio onde ela trabalhava.

Lá na Spiker ficou em repouso, ganhou uma suíte para se recuperar, mas ela estava achando engraçado que não sentia dores, se sentia bem. Tinha tão pouco tempo do acidente e era como se nem doesse a perna. Deixou pra lá estes pensamentos, e exigiu somente sua amiga ali presente. Sua mãe não gostava da amiga, pois namorava traficante de drogas e etc. (essa personagem é hilária, mas muito trouxa)

Nesse tempo que ficou no prédio Spiker conheceu um dos funcionários de sua mãe, o Solo. Um rapaz misterioso, sempre estava por perto. Não sabia nada sobre ele. Mas acabaram se tornando cúmplices. Ele sabia da existência de Eve, mas ter conhecido ela pessoalmente fez pensar várias vezes se devesse fazer o que estava planejando, expor a poderosa Terra ao mundo...

Solo estava sobre guarda de Terra Spiker desde quando seus pais tinham morrido em um acidente de carro. Morava lá e trabalhava. Era o ajudante de laboratório ou o entregador de café, quando precisasse. Era menosprezado pelos outros empregados, pois imaginavam que o QI dele não era alto como os dos cientistas. Nunca foi considerado um filho e tinha ressentimento por isso. Por qual motivo Terra teria sido sua guardadora se não dor na consciência?
Solo conheciam aquele lugar muito bem, sabia entrar no sistema dos computadores, descobria senhas e etc. O que gostaria de saber recentemente era sobre um novo projeto e faria de tudo para descobrir.

Enquanto Eve estaria se recuperando, Terra Spiker propõe pra que ela usassee um novo programa que foi desenvolvido recentemente, (esse era o projeto em que Solo estava querendo descobrir), onde iria manipular genes para poder construir a pessoa perfeita. Eve gosta da ideia de brincar de ser deus e cria Adam, um rapaz lindo, com olhos azuis, musculoso, pernas torneadas de corredor, inteligente e engraçado.


Eve começa e descobrir mais sobre sua mãe quando Solo resolve rasgar o curativo de sua perna e mostrar a ela que em três dias ali no laboratória sua perna estava como nova e nem cicatrizes tinha. Descobriu que quando pequena recebera um antídoto que fazia com que ela se curasse mais rápido que o restante da população. Por isso a necessidade de Terra de tirá-la do hospital. Além dessas descoberta teriam várias outras, em que ela, Solo e sua amiga terão que descobrir a verdade sobre Terra e seus cientistas.

Amei este livro, do início ao fim, me prendeu de uma forma que nem vi passar o tempo lendo. Descobri que este livro terá continuação e amei saber, espero ansiosa pela tradução.

O Verão das Bonecas Mortas – Toni Hill

Olá pessoas!!!

Trouxe uma história terrivelmente misteriosa. Essa história de gênero policial me prendeu a atenção, mas confesso que por excesso de personagens e de crimes me confundia bastante. Então vamos à história.

Héctor salgado, um inspetor policial perde a cabeça em um dos casos em que estaria investigando e surra a cara de um médico suspeito a abusar de moças trazidas da Africa com promessas de uma vida melhor. Teve que ser afastado do caso devido ao seu descontrole, tudo indicava que aquele doutor estava envolvido na morte daquela garota. Mas essa ação acabou atrapalhando as investigações.

Foi convidado a ajudar em um outro caso, em que um jovem de 17 anos, chamado Marc foi morto supostamente pulando da janela de seu apartamento após uma festa que fez com seu melhor amigo e sua amiga de infância, a qual tinha um amor pelo garoto. Tudo indicava que seria um suicídio, cresceu sem mãe, sendo cuidado pelo pai e pelo padre, seu tio. Porém ao colher depoimentos de amigos tinha algo a mais ali em oculto. Sua mãe também acreditava nisso, ainda mais quando descobriram um blog escrito por ele e uma tal de Iris era mencionada.

Iris era uma garota que foi encontrada morta, em um acampamento de verão, havia alguns anos. Era amiga de Marc e ele sabia da verdade, do porque ela morreu na piscina daquela forma, envolta com várias bonecas. Os crimes se entrelaçam e a cada página descobrimos mais sobre este quebra-cabeça.

Sinceramente o livro é interessante, mas foi muito difícil continuar a leitura. Terminei somente por curiosidade. 

"Nunca ninguém matou alguém por amor, isso é uma mentira dos tangos. Só se mata por cobiça, por despeito ou por inveja, pode acreditar. O amor não tem nada que ver com isso"

O Jardim das Borboletas - O Colecionador de Belezas de Dot Hutchison

Olá Pessoas!!!


Trouxe um Thriller / Romance Policial maravilhoso. Fiquei fascinada por essa história e mais feliz ainda de saber que é uma trilogia, espero ansiosamente os outros dois livros traduzidos para dar continuidade na história. Esse livro podia ser facilmente um livro único, não pedia mais histórias, mas aposto que vai me surpreender muito ainda. Então vamos à história.

A história se inicia em uma sala do FBI, onde os agentes Victor Hanoverian e Brandon Eddinson tentam pegar depoimentos de uma jovem menina. Maya é uma garota cheia de enigmas e parece ser a única pessoas capaz de explicar sobre o jardim, ela conta tudo, mas em passos lentos e do jeito dela.

Ela estaria vivendo em um jardim, onde viviam várias garotas que foram sequestradas, assim como ela. Elas ganhavam cada uma tatuagem de borboletas nas costas, cada qual uma espécie diferente e um nome novo. Quando a tatuagem era concluída ele as possuía.
Já tinha planejado o tempo de vida e o fim de cada uma das suas borboletas, como um bom colecionador, colocava-as em um quadro de vidro para demostrar a beleza e as cores.

“Borboletas de verdade poderiam voar, escapar. As borboletas do Jardineiro só podiam cair, e ainda assim raramente.”

Em meios à história que Maya nos conta, descobrimos mais sobre o dono do jardim, chamado pelas garotas de Jardineiro. Era obcecado, brutal e amava suas borboletas. Maya acabou se tornando uma das favoritas mesmo não fazendo esforço para isso. Era forte, enigmática, observadora, discreta e desafiadora.

Descobrimos mais sobre a vida de Maya antes de ir para o jardim, uma vez que ela não fazia questão de ninguém saber que fora resgatada. Sobre como elas eram tratadas ao chegar e no decorrer do tempo, como elas se apoiavam e sua rotina la dentro. Descobrimos sobre o filho "doente", "maluco" do jardineiro que tinha um enorme prazer em espancar e estuprar as borboletas.

"-Algumas pessoas desabem e nunca mais levantam. Outras recolhem os próprios cacos e os colam com as partes afiadas viradas para fora."

Este livro se tornou o meu favorito deste gênero, gostei do início ao fim, devorei a história. Quando não estava lendo, estava pensando na leitura e contando para outras pessoas. O final não foi nada esperado pelo caminho e mistério que teve.

Indico muito este livro.

 “ Borboletas são criaturas de vida curta, e isso também fazia parte da mensagem que ela transmitia para outras.” 

Pequeno Segredo - Um amor maior que a vida de Heloísa Shurmann

Olá pessoas!!! Essa resenha terá um pouco de spoiler.


Hoje venho contar sobre este livro que é não ficção uma vez que é real. É uma história muito linda sobre segredos, racismos e preconceitos. Então vamos à história.

A família Shurmann é conhecida por fazer aventuras pelo mar, viajando pelo mundo com seus filhos, descobrindo novos lugares, aprendendo novas línguas e novos costumes. Em uma dessas viagens conheceram um casal: Jeanne e Robert, ela nascida e criada no estado de Amazonas e ele Irlandês que viera ao Brasil à trabalho. Se conheceram e se apaixonaram. Robert tinha o sonho de viajar pelo mundo através do mar, e mesmo contra a vontade da mãe dele casou-se com Jeanne e deu a ela uma filha.

Antes disso acontecer, um acidente ocorreu. Através deste acidente Jeanne precisou receber doações de sangue e naquela época não era tão rigoroso e meticuloso os exames para a doação e ela acabou contraindo HIV. Viveu anos sem saber, casou-se e teve sua linda filha Kat.

Robert sabendo que o seu fim seria o mesmo da esposa, pois tinha contraído a doença através dela, gostaria de dar à sua filha uma oportunidade de viver em realidade diferente, sem lembrar dos pais morrendo e ficando à mercê da mesma doença que matou ambos. Assim Robert recorreu à família Shurmann para adotar sua filha e dar a ela educação, conhecimento e as aventuras das viagens pelo mundo através do mar.

À pedido de Robert e Jeanne adotaram Kat que mudou o rumo das suas vidas para sempre. Heloísa sempre teve vontade de ser mãe de uma menina, mas tinha concebido somente três meninos. A felicidade de ambos era enorme. Robert continuava em contato para saber de tudo da vida de sua filha.

Tinham pausado a vida em viagens por causa da criança a pedido dos juízes que cuidavam da adoção. Ela estudou tanto em escolas convencionais como em ensinos à distância, mas a maior dificuldade era fazer Kat comer bem para que a doença não lhe causasse mais mal, por isso sempre faziam exames, consultavam com vários médicos e estudavam sobre novas fórmulas sobre o HIV.

Kat tomava suas vitaminas, mas não tinha a consciência da sua doença ou sobre a gravidade dela. Um dia teria que saber. Conheceu sua avó materna e paterna. A mãe de Robert era uma mulher fria, controladora, egocêntrica e não queria sua filha sendo criada por Brasileiros, mal sabia ela que sua neta teria a mesma doença da mãe.

A história soma esses relatos de Heloísa e da própria Kat em seu diário. A história não é só linda, é para podermos ver que não há limites para o amor, independente das condições podemos aproveitar a vida plenamente.

Indico esse livro que foi adaptado para o cinema e concorreu à Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.

"Diário, eu acho que a morte é muito fominha e não gosto nem de pensar nosso, mas ela leva as pessoas que a gente ama. Eu fico com medi às vezes quando a mommy e daddy viajam, deles não voltarem mais. Quem vai cuidar de mim? A mommy chegou bem triste. Uma noite eu pedi para ela colocar a mamãe dela nas Três Marias, assim vovô Ely não ia ficar sozinha. Agora ela está junto com minha mamãe e meu papai. E as Três Marias estão cheias."

Dias Perfeitos – Raphael Montes

Olá pessoas!!!

Trouxe uma história de arrepiar. Um Thriller psicológico que foi difícil chegar ao fim da leitura. Esta história fala de paixão em psicopata, até onde ele tem coragem de ir. Este livro fez o escritor ganhar um grande prêmio de literatura e vale bem a pena ser lido e avaliado. Então vamos à história.

Téo é um rapaz aparentemente bondoso. Estudante de medicina, aplicado, estudioso, um bom filho. Cuida de sua mãe paraplégica, faz tudo pra ver ela bem. Vai à missa com ela, vai à casa das amigas e etc. Tem uma melhor amiga, como essa amiga não é muito normal não conta a ninguém sobre ela. É um cadáver da aula de anatomia a quem se tornou íntimo. Fora a esse cadáver chamada de Gertrudes não consegue sentir afeto por ninguém nem por sua mãe, que pra ele é um peso que não faz nada sozinha. Sabe fingir simpatia e empatia, não perde seu tempo fazendo outras amizades e se sente superior.

Um dia foi a uma festa a contra gosto com sua mãe, quando estava num canto sozinho conheceu aquela menina  diferente chamada Clarisse. Estilo largadona, rebelde com espírito livre. Conta alguma coisa de sua vida para Téo que fica impressionado e apaixonado por ela. Consegue descolar o telefone dela e vira uma obsessão encontrá-la de novo. Tenta fazer acontecer por acaso, mas neste acaso acaba percebendo um envolvimento com uma outra mulher e com um outro rapaz. Por ela acabar largadona, bêbada sozinha ele vai com ela até a casa dela, e é apresentado para a mãe de Clarisse como seu namorado.

Após esse acontecimento, por saber do plano dela de viajar para escrever um roteiro vai junto a contra gosto dela que deixa claro que não quer nada com ele. Téo com uma obsessão por provar a ela que seriam um casal muito feliz a dopa até chegar ao hotel onde ela costuma ir para escrever. Na cabeça dele, só tá fazendo bem pra ela aquele tempo juntos, mas a deixa amarrada, amordaçada, dopada, sem nenhum meios de comunicação.

"Ela abriu os olhos muito vivos: Você acha mesmo que me ama? Amo. Isso é paixão, é doença, obsessão. Qualquer coisa, menos amor "

Ela vira sua refém, e para nós que acompanhamos os fatos já sentimos ódio daquele rapaz que está quase matando a Clarisse pensando que faria isso por amor. Ele não tem limites com suas ações. 

Indico essa leitura!!!

"Não precisava de carinhos nem de beijos nem de sexo. Só queria que ela fosse dele, como um livro de fotografia na mesa de centro. "

Nunca mais, Rachel - Lisa Genova

Olá pessoas!!!


Trouxe uma história linda sobre superações. Superação de sua situação e superação de casos passados.  Perdão. Ficou curioso? Então vamos à história.

Rachel é uma mãe, mas também é uma mulher importante no seu trabalho. Se dedica ao máximo aos seus três filhos, e faz de tudo para ter sucesso em seu serviço. Almeja subir mais ainda de cargo na empresa de RH em que trabalha. Se desdobra para levar a sua filha à aula de piano, ao filho no futebol e ao outro menorzinho na creche. Conta com a ajuda de seu marido, muito presente e de sua babá. Seu marido com medo de ser mandado embora da empresa em que trabalha e por isso trabalha o dobro.

Até que um dia estava indo às pressas para o trabalho, sempre foi uma mulher que fazia duas ou três coisas ao mesmo tempo, começou a mexer no celular para responder a um e-mail, porém em pouco tempo que desviou a atenção e os olhos foi traumático essa ação para o resto de sua vida. Sofreu um traumatismo craniano devido a uma batida de carro. Teve essa lesão e como consequência perdeu a sensibilidade do cérebro direito que manda os comando para a parte esquerdo do corpo.

Rachel esqueceu completamente o lado esquerdo dela, a partir dali teria que prestar a atenção dobrada aos pequenos detalhes que sua mente passava despercebido. Seu braço esquerdo já não correspondia ao mandado, nem sua perna. Não consegui ver nada que estivesse daquele lado e nem daquele lado do seu prato. Pra ela não existia mais o lado esquerdo, mas todos falavam que existia, somente ela não dava atenção.

Assim, após o trauma foi internada em uma clínica de reabilitação para desenvolver este lado que estava prejudicado. O seu maior medo era não conseguir fazer o que fazia anteriormente. Antes, uma mulher formada em uma instituição de maior respeito, com um trabalho de sucesso, somente vestia roupas chiques. Na sua empresa, não davam um passo sem sua palavra, agora ela naquela situação, sem nem conseguir vestir uma blusa e uma calça sozinha, que alias mudou de calça formal para calças com elásticos e blusas sem botões para ficar mais fácil dela vestir só.

Enquanto ela estava naquela situação sua mãe, quem já tinha anos que não se via aparece para ajudar, para se aproximar. Anos atrás sua mãe tinha negligenciado a vivência dela, desde que seu irmão morrera sua mãe entrou em um mundo só seu. Ela não foi nem em sua formatura em Harvard, nem em seu casamento fez questão de estar presente. Não conhecia seus três netos, e agora ela queria aproximar de novo por caridade. Rachel estava magoada com sua mãe e não entendia o porque daquela atenção toda depois de tantos anos. O estado dela fez com que as duas se conhecessem novamente e se aproximassem.

"-A uma vida plena - diz ele. Sorrio, amando-o por mudar comigo, por ir para onde minha negligência nos levou, por compreender meu novo eu. Porque embora eu ainda alimente esperança de uma plena recuperação, aprendi que minha vida pode ser plenamente vivida com menos. Olho de novo para a esquerda e encontro minha mão, coberta de belos símbolos de mim e Bob, de nossos filhos, de mina amiga e agora de minha mãe. (...)"

Essa história é linda e emocionante, indico a leitura.

Branca Como o Leite, Vermelha Como o Sangue – Alessandro D’Avenia

Olá pessoas!!!


Trouxe este livro, um romance de primeiro amor, bem filosófico, bem doce, cheio de poesia. Uma história de adolescente e que virou filme. Então vamos à história.

Léo é um rapaz de 16 anos que classifica a vida dele como vermelha. Sua paixão é Beatrice que tem seus cabelos ruivos. Apaixonado no anonimato, nem sabe se ela sabe da existência dele. Vive num pensamento se deve aproximar e tentar fazê-la se corresponder, mas tem medo de se aproximar. Com a ajuda de sua amiga em comum, a Silvia manda algumas mensagens, mas não são correspondidas. Dilemas de pré-adolescentes.

Ás vezes sua vida é branca. Vivendo nessa pré adolescências sente só, com um vazio, que seu melhor amigo não entende, e às vezes tem que consultar Silvia, que sempre entende e está ali para ouvir.
Quer ser o espertão da classe, faz piadas com professores e tal, mas um novo professor substituto de filosofia fez diferente com ele e chamou a atenção para algumas questões.

"Uma vida sem sonhos é um jardim sem flores, mas uma vida de sonhos impossíveis é um jardim de flores de mentirinha."

Beatrice uma menina linda, cabelos cacheados ruivos, começou faltar bastante na escola por causa de uma doença. Essa doença acabaria a fazendo ficar sem seus lindos cabelos e fraca. Precisou de sangue e Léo assim que soube foi fazer a doação.

Essa história é lindinha, fala bastante sobre a morte e a vida, o amor e sonhos.

Agora falando sério sobre este livro:

SPOILER

É um livro em forma de poesia e não tive muita paciência. O personagem não parecia que tinha 16 anos, mas uns 10 no máximo, muito imaturo, muito besta. O que salva o livro é a personagem chamada Silvia, muito fofinha, era a friendzone. A história em si sobre o câncer e a morte no final é clichê e já esperava por isso, não foi novidade. O diferencial foi a forma que foi escrito, como se transformasse uma poesia em texto. Um saco para ler sobre o primeiro amor.