segunda-feira, 25 de julho de 2016

A menina mais fria de Coldtown - Holly black

Olá pessoas!

Trouxe hoje o terceiro livro da maratona de inverno e o tema desta semana eram livros de outros universos. Este que ganhou é sobre vampiros. Existem aqueles que não gostam deste tipo de livros, mas este, apesar de ter as mesmas tradições de não poder sair ao sol, devorar pessoas por causa do sangue, e etc, tem outras teorias que nunca vi em nenhum outro livro e adorei a descrição. Então, bora lá pra história.

Tana é uma garota que vive em um mundo onde tem uma pandemia de vampirismo. Nas escolas e na televisão mostra como se livrar do resfriado, se caso você for mordido. O resfriado pega a pessoa e se ela ingerir sangue é transformada, mas se passar 88 dias sem ingerir sangue algum, o resfriado passa e a pessoa volta a viver normalmente, porém é um sacrifício resistir ao sangue após a infecção, por isso a cidade de Coldtown é cercada por muros resistentes, tropas para poder colocar os infectados lá em quarentena.

Super perigoso contrair o vampirismo, porque o descontrole é muito grande. A mãe de Tana contraiu o resfriado e seu marido, pai de Tana a colocou em quarentena no porão de sua casa. Ela e sua irmãzinha vivia ouvindo sua mãe pedindo água e a liberdade. Um dia ela não resistiu e desceu ao porão para ajudar, sua mãe a atacou e para não morrer, seu pai matou sua esposa.

A cicatriz no seu braço era diferente de outras cicatrizes, era fria. Porém não ficou resfriada. Este episódio fica gravado na mente de nossa protagonista.

O livro inicia com Tana acordando após uma festa onde todos estão mortos. Ela acorda na banheira, com vergonha achando que todos estariam zombando da forma que dormiu e etc, porém vê que é a única viva no local.
Quando obtém forças para levantar, pegar sua bolsa e cair fora dali, dentro do quarto encontra seu ex namorado acorrentado à uma cama, infectado, ou seja, se tomar sangue virará um vampiro e do seu lado, também acorrentado um garoto de olhos vermelhos.

Aidan, seu ex namorado era chantagista amoroso. Gavriel o vampiro acorrentado tinha um íma que a atraía. Como uma heroína conseguiu salvar a ambos e fugir. Na fuga um dos vampiros que queriam pegá-los mordeu sua perna, ou seja, estaria ela infectada também.

Com isso, ambos foram destino à cidade de Coldtown, ela entrando com um vampiro, receberia um álibi para poder sair da cidade, caso não tivesse contaminada.

Antes de entrar na cidade conhece um casal de irmãos meio malucos, alucinados para serem transformados. Eram blogueiros sobre o assunto e saíram de casa com o intuito de entrarem na cidade e com a ajuda dos nossos personagens conseguem entrar. Usavam codinomes Midnight e Winter e conheciam pessoas na cidade que também queriam ser transformados, pois nesta cidade não moravam somente vampiros, moravam pessoas normais também. Essas pessoas doavam o seu sangue a fim de alimentá-los sem serem infectados através de canos em suas veias.

Gavriel e Tana acabam tendo uma ligação enorme, recebe dele um tipo de colar. Ele na verdade era um dos mais antigos vampiros que existia no início antes do vampirismo virar modinha, e o mesmo foi preso por uma década ficando louco na cela. Isso ela descobre na entrada da cidade e percebe que muitas pessoas que ela confiou vão a decepcionar.

Com muita persistência e força Tana percebe o que fazer para poder resolver a reviravolta que está acontecendo na cidade. Com a ajuda de um rapaz Jameson e sua conhecida que morava na casa do maior vampiro da cidade tenta salvar Valentina e outros prisioneiros encarcerados para serem infectados ou para serem comidos, porém após salvá-los precisa de voltar para dentro pois acha que seu amado Gavriel estaria caindo em uma armadilha e sua irmã poderia estar à caminho.

Um livro diferente, cheio de suspense e terror. Mas ao mesmo tempo com reflexões sobre ser você mesmo. Amei a leitura, super envolvente, indico a leitura.


"Ela não sabia o que dizer em resposta à isso. Não era justo que Aidan tivesse se tornado um vampiro. Ele não era como Lucien Moreau ou como os jovens que iam até ali com esperança de serem transformados, Ele não deveria ter que lidar contra seus impulsos. Ninguém na casa de fazenda deveria ter morrido. Partes inteiras de cidades não deveriam ser isoladas por muralhas como prisões governadas pelos detentos. Crianças não deveriam ter que ficar presas ali dentro, sem ter como sair. Nada disso era justo, e ela não conseguia pensar em uma maneira de consertar nada disso; e a impotência dera pior do que qualquer outra coisa."


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Perdida - Tabitha suzuma


Olá pessoas,

Trouxe o segundo livro da maratona literária que estou participando.

Duas mãos segurando uma rosa em meios a arame farpado, os dizeres: Como uma coisa tão errada, pode parecer tão certa?

imagem de livros empoeirados
Neste segundo livro escolhido o tema era de livros empoeirados na nossa estante que sempre deixamos a sua leitura pra depois. É, quem lê constantemente sabe como isso acaba sendo um problema, então foi uma ótima oportunidade de acabar com pelo menos um desses livros que empurramos pra depois.



Vamos à história: Lochan e Maya são irmãos inseparáveis. Ele fará 18 anos e ela já tem 17 e juntos cuidam dos seus 4 irmãos menores. São na verdade os responsáveis pala casa, roupa, comida, escola e também são responsáveis pra proteger sua família da assistente social não descobrir como estão vivendo e podendo os separar e enviar para adoção.

"(...) Lochan nunca se pareceu com um irmão. Nem um caçula chato, nem um irmão mais velho mandão. Ele e eu sempre nos relacionamos de igual para igual. fomos os melhores amigos um do outro desde que nos entendemos por gente. Compartilhamos um vínculo mais estreito que a amizade a vida inteira. "


Sua mãe separou de seu pai, e este arrumou outra família e nunca mais os procurou, sendo uma decepção para todos. Ela sempre diz que nunca queria ter filhos, que gosta de se divertir, namorar, comprar e beber.

Lochan vive em uma opressão, pois terá que ir para faculdade e não quer se separar de seus irmãos, Tem uma fobia social, em que não consegue conviver, conversar com pessoas da sua idade. Com adultos é ok, o problema são adolescentes. Isso o atrapalha no desenvolvimento de trabalhos na escola, Suas notas são sempre as melhores, mas quando é para fazer apresentações vira a piada do dia.

Maya é forte, também responsável. Ciente que precisa manter sua família unida. Ajuda cuidar dos seus irmão, sabe que é super importante brincar com eles e manter uma conversa aberta. Deixa suas vontades de lado para oferecer o de melhor para eles. É como uma mãe.

O drama do livro rola em cima de sentimentos que nascem entre os dois irmãos. Um conhece o outro muito bem, não precisam de falar, somente com o olhar o outro entende. Mas esse sentimento é tão intensificado pelas provações e medo de separação que da paixão passa para o amor. Mas não é um amor de irmãos, é amor com desejos.

"Sei que quaisquer que sejam as razões para nosso sentimento, por mais que eu tente justificá-lo, não muda nada: Lochan não pode ser meu namorado. Das bilhões de pessoas que habitam o planeta, ele é uma das pouquíssimas que não posso ter. E isso é algo que devo aceitar - mesmo que, como ácido num metal, esteja lentamente me corroendo por dentro."


Inicialmente tentam fugir do sentimento, tentam achar um outro alguém para substituir, mas tudo em vão, percebem que só o outro consegue preencher o vazio do coração. Porém sabem que amor entre irmãos é errado no seu país, seriam presos se cedessem ao desejo. E aí, o que fazer?

Nunca li um livro tão pesado em relação à drama. Por ser um assunto bem polêmico e não discutido normalmente, nos coloca em conflito. Os dois são tao bonitinhos um com o outro, um porto seguro, uma intimidade e amizade. A companhia de ambos eram sinônimo de felicidade. Mas por outro lado o medo de perder a família e ou um ao outro é tão intenso e bem escrito que acabamos por sentir junto com eles.

"Ele sempre foi tão mais do que apenas um irmão. Ele é minha alma gêmea, meu oxigênio, a razão pela qual espero com ansiedade pelo momento de acordar todos os dias. Sempre soube que o amava mais do que a qualquer pessoa no mundo - e não apenas de um jeito fraternal (...) Não somos doentios. Somos apenas um irmão e uma irmã que por acaso também são os melhores amigos um do outro."


A escrita como já disse antes é ótima, apesar de pesada devido ao drama. Bem descrito, bem claro os pensamentos.
As personalidades dos personagens foram bem criados, adoro isso.

Na verdade o fim da trama é uma decepção não só para o leitor como também para os personagens. Dá muita dó dos irmãozinhos e muita raiva da mãe vagabunda e irresponsável. Porém avaliando a trama toda, valeu muito a pena ler este livro. Esses personagens foram tão bem criados que acredito que vou demorar a esquecer. Maya, super doce, Lochan um homem perfeito (fora as crises de Pânico), a professora de inglês super esforçada, Kit irmãozinho de 15 anos, ciumento, rebelde. Tiffin e Willa, tipo um pacote de maritaca e Dru, a mais desprezada, tadinha.

"Juntos vamos conseguir, Juntos, somos fortes. Juntos, criamos uma família inteira. - As pessoas não podem nos separar! - exclamo, zangada. - Não podem, não podem! ou podem...?- De repente, percebo que não faço a menor ideia. Por mais que tomemos cuidado, há sempre a chance de sermos apanhados. Do mesmo modo como, por mais que encubramos o que a mamãe faz, a ameaça de alguém descobrir e alertar as autoridades aumenta a cada dia. Temos que tomar muito cuidado. (...) Um deslize, e a família inteira poderia desmoronar como um castelo de cartas. Um deslize, e poderíamos todos ser separados..."

quarta-feira, 6 de julho de 2016

A mais pura verdade - Dan Gemeinhart


Imagem da capa, o cão de um lado, uma rachadura no meio e o garoto do outro lado, percebe-se que ambos estão gritando. "uma história comovente, que vai fazer você querer abraçar bem forte o protagonista." quem disse isso foi Holly
Goldberg do livro Counting by

Olá pessoas!
Como prometido no último post trouxe o primeiro livro da maratona de inverno e amei o livro. Já tinha recebido várias indicações, mas enrolava para ler, a oportunidade surgiu e agarrei.

Vamos à linda história. Mark tem 12 anos, seria uma criança normal se não tivesse uma doença grave. Sofreu de câncer anos atrás e agora a doença voltou atrapalhando sua vida. Ele é decidido, esperto, mas por vários momentos achei ele idiota e inconsequente pelas decisões que fez.

Mark tem uma cachorrinho fofo que atende por Beau, é seu melhor amigo desde criança, o segue onde for, é seu fiel companheiro e também outra personagem nesta história é sua amiga Jessie, também desde sua infância são cúmplices um do outro em segredos, sentimentos e amizade.

Foto do monte Raivier com neve
A história se inicia com Mark fugindo para uma grande aventura, mas aos olhos dele uma grande realização de um sonho. Ele tramou tudo para que não fosse encontrado. Sabia que seus pais iriam botar a polícia para procurá-lo, mas não queria ser encontrado, não antes de realizar seu desejo que era escalar o monte Raivier, pois fez uma promessa ao seu falecido avô, seu herói.



Então, com uma mochila, alguns lanches, um caderno, lápis, uma câmera e seu melhor amigo Beau foi ao seu destino, não sabendo que encontraria alguns desafios pelo caminho, desafios este que poderia atrapalhá-lo a alcançar seu sonho.

A história é contada tanto por Mark em sua jornada, quando por Jessie sua amiga, que sabia pra onde ele estava indo, e estava com a decisão nas mãos de contar pra todos onde encontrá-lo ou esperar e deixar ele tentar alcançar seu sonho. Por várias vezes teve que se segurar pra não contar pra ninguém sobre o destino, lembrando que tinha que ser fiel ao seu amigo. Ela sabia que tem coisas que provam a sua fidelidade na amizade, pois ele confiou nela a saber todo o seu plano, ainda mais que a doença retornara.

O maior drama do livro e o que nos traz emoção é que Mark vivia dizendo que estava indo para a montanha não só realizar seu desejo, mas também morrer. Estava irritado com a ideia dele ter que morrer, sendo que todos iriam ter sua vida lá intacta, mesmo que sem ele.

"Jess havia guardado meu segredo. E daí? Ela tinha que guardar o segredo de onde eu ia morrer - mas era eu que teria que passar pela morte. Minha mãe nunca mais poderia me cobrir à noite, é claro. Mas eu nunca mais precisaria de calor. Meu pai se sentaria sozinho à mesa. Eu morreria sozinho numa tempestade de neve. Eles chorariam quando eu partisse, mas era eu quem partiria. Eles teriam todos os amanhãs do mundo para se sentirem melhor.
-Não é justo!- Gritei. O vento engoliu minhas palavras e as soprou com uma rajada de gelo."


Sua jornada esbarra com alguns moleques que o espancam, com uma doce garçonete, com três anjos cantoras, tempestades, fome, frio e um senhor do jipe. Nenhum deles foram capazes de fazê-lo desistir da péssima ideia de subir a montanha na tempestade que estava se formando, mesmo que estes não sabiam para onde ele ia.

Enfim, este livro tem bastante conflito interno deste personagem que sabe que seu tempo está acabando, por isso quem antes amava relógios, agora odeia o tempo.
Será que como irá morrer ele não poderia escolher? Por isso e por outras verdades fugiu.

Os sentimentos retratados aqui com esta criança com uma doença terminal são tocantes. Suas preocupações, sua vergonha da falta de cabelo, sua vida lhe tirada tão cedo antes de planejar um futuro.

A escrita é de fácil entender e entreter, leve e rápida. O personagem é encantador, tando ele quanto seu amiguinho de quatro patas e sua melhor amiga. Realmente dá vontade de pegá-los no colo e tirá-los daquela dor.

Agora, atenção: A imagem da capa é um cachorro de um lado, um corte no meio e do outro lado o garoto. Fiquei com tanto medo desta cena se tornar real (no livro) e acaba que chegou uma parte que me irritei tanto com Mark pela sua estupidez, poxa, se quer morrer, morra dignamente em casa com a família, não passando frio e fome e tem que levar seu cachorro junto para fazer "macaquisse". Registro aqui mesmo minha indignação pela estupidez, na hora tive vontade de fechar o livro e nem pensar no assunto mais, mas minha curiosidade foi maior e retornei à leitura e meu batimentos cardíacos voltaram ao normal. De quebra dei uma choradinha, tá. Foi uma choradona mesmo. Digo que valeu a pena a leitura e indico. Tem que ter adaptação para o cinema, seria o máximo.


"Isto é uma coisa que eu entendo: Tudo. Atravessar aquela montanha, dando passos na neve, era tudo de que eu precisava, Pensei e toda a minha doença, em toda a minha raiva, em todo o meu medo. Tudo aquilo era só a escuridão, só a tempestade. E eu me perdi nelas. Mas sempre há o outro lado da tempestade. E as pessoas que levam você até lá.

O mundo inteiro é uma tempestade, eu acho, e todos nós nos perdemos em algum momento. Vamos atrás de montanhas no meio das nuvens para que tudo pareça valer a pena, como se isso tivesse algum significado. E, às vezes, nós as encontramos. E seguimos em frente.

Eu segui em frente."


Imagem do capítulo três e meio.

domingo, 3 de julho de 2016

Maratona de Inverno

Olá pessoas!

Hoje não trouxe uma nova leitura, venho contar sobre essa maratona de inverno que estou participando com meus amigos literários.
Essa maratona durará um mês, sendo que em cada semana será um livro de temas diferentes já proposto ao grupo.

Esta semana o tema será livros que estavam encalhados. Indicamos vários livros, e fizemos uma votação para saber qual leríamos e ganhou por mais votos o livro chamado: A mais pura verdade de Dan Gemeinhart.

Sempre quis ler este livro, mas sempre o colocava em segundo plano e achei essa uma ótima oportunidade.

Hoje à noite se inicia e estou louca para começar a ler.
Convido à você que está lendo este post para participar e ler também. Assim que terminar colocarei o resumo aqui, se gostei e o próximo livro.

Menino maluquinho lendo no banheiro e a frase: A gente tem que ler como quem respira.