sexta-feira, 22 de abril de 2016

A viajem de Pavana - Deborah Ellis

Ola pessoas!!!

Este livro que trouxe hoje peço que tenha bastante atenção. Conheci este livro na minha adolescência e desde então sempre pego ele e dou uma lidinha.

Na verdade este é o segundo livro, houve um primeiro, chamado " A outra face" e indico, muito lindo também.

Parvana é uma garota de apenas doze anos. A história vai se passar no Afeganistão, bem no meio da guerra. Sua família foi separada, ela com seu pai e seus irmãos com sua mãe. Iam ela e seu pai atrás de sua família, mas no meio de tanta guerra, fome seu pai foi morto.

O livro inicia com ela enterrando seu pai. Na verdade ela estaria vestida de menino, pois meninas não poderiam estar descobertas na rua e nem podiam trabalhar. Então como precisava sobreviver, já estava acostumada se travestir de menino, se deu o nome de Cassin e nunca revelava que era uma moça para ninguém.

Quando seu pai morreu foi acolhida numa casa, mas precisava sair em busca de sua família, sentia muita saudades das suas irmãs, e de seu irmãozinho recém nascido. Com a ajuda de uma integrante daquela família que a acolheu fugiu na madrugada, pois ouvira falar que venderiam ela.

Com um pouco de comida e água se foi para a estrada, tinha um pouco de pertences, esses significativos para ela: livros de seu pai que fora professor, revista de moda da sua mãe, lápis e um diário em que vários momentos escrevia para sua amiga que estaria morando na França.

Parvana na sua caminhada vai encontrando pessoas, algumas mortas, algumas por morrer. Encontra uma vila que foi bombardeada e estaria abandonada pelos seus moradores, como estava com fome entrara em alguma casa para achar alimento, roupa, etc e encontra um bebê. Sua mãe foi morta. Parvana com muita dó cuida dele e o leva com ela, dá a ele o nome de Hassan e espera encontrar sua mãe bem rápido para cuidar deles.

Agora caminhar com um peso nos braços ficaria mais difícil, mas não podia ter deixado Hassan para trás, achou uma caverna com um rio próximo e decide parar, lá encontra um garoto.
Azif é um garoto bem desagradável, emburrado, xinga muito, mas tem sua história bem triste, por isso é fácil ter compaixão e gostar dele. Ele acaba acompanhando nossa protagonista, pois não tem ninguém, seu tio que cuidava dele mais judiava e batia nele que tudo, então não tinha nada a perder.

Azif andava com um pedaço de pau para escorar, pois não tinha uma das pernas, era bem magro e tossia bastante. Estava claro que estava desnutrido e fraco pela situação que estava. Uma parte bem marcante (não tenho palavras para descrever ao certo) foi quando numa conversa entre os dois Parvana contou com uma convicção que teria um tesouro escondido na caverna onde eles estariam abrigados e iludidos como crianças, esqueceram a vida que viviam e se puseram a cavar para achar tal tesouro. Já imaginavam os diamantes reluzentes ao sol após abrir o baú que ainda estavam a procurar. Na verdade encontraram uma caixa enterrada, tesouro, mas quem enterrou não era nenhum pirata, provavelmente era algum viajante armado, pois na caixa só tinha balas de revolver, para eles este tesouro não serviria.

"Parvana abriu a caixa de novo. Talvez os olhos a tivessem enganado. Não tinham. Tudo que viu foram fileiras de balas empacotadas juntas e, quando passou a mão entre elas, nenhuma joia piscou de volta. Só balas. (...) Ela estava envergonhada de si mesma, por se deixar dominar por um sonho bobo, como se ainda fosse criança."

Deixaram pra trás a caverna e puseram a viajar. Rapidamente acabou sua comida e a água, Hassan com fome ficou sem reação, nem chorava mais, só lamentava. Eles precisavam de alimento urgente, então passaram numa outra vila, onde tinham pessoas, mas não sentiram confiança de pedir água ou comida. Com orgulho, foram pedir trabalho em troca de comida. Parvana que trabalhou, pois era a mais saudável, teve oportunidade de roubar ovo de galinha do moço, mas sabia que seu falecido paizinho não se orgulharia dela se fizesse.
Foi justa no trabalho, mas o moço não foi justo no pagamento, mesmo vendo trés crianças famintas e desnutridas, deu somente um pouco de comida que daria para somente uma das crianças comerem. Elas dividiram e beberam água, mas voltaram para roubar os ovos, "Gente que engana crianças merece sofrer coisas ruins-disse Parvana."

Como disse, Parvana vivia escrevendo para sua amiga. Em uma dessas vezes, escreveu sobre um vale verdejante que tinham encontrado e que era maravilhoso. Lógico que era invenção. Lá tinha sorvete, a água era pura, não dava diarreia se não fervesse.

"Podemos beber a água daqui sem fervê-la, e nunca ficamos doentes. As outras crianças dizem que é uma água mágica. Todas as crianças aqui tem braços e pernas. Ninguém é cego e ninguém é infeliz"

Esta parte do livro demostra a inocência dessas crianças que não tinham que estar passando por isso e a cada linha é mais emocionante. Você nem acredita que nossas crianças acharam o vale verdejante. Claro que, diante de tudo que falei era um vale diferente. Para acharem, primeiro encontraram um campo minado, passaram um baita susto.
Leila veio correndo até eles, pois ouvira o estourar da bomba no campo minado, ela sempre fazia isso, pois ela alimentava a terra e a terra a alimentava, pegando algum viajante ou animal na mina para trazer a ela alimentos.

Leila, uma garotinha de seis anos que morava com sua avó numa clareira. Sua mãe saiu de casa e sua avó, bem velhinha estava com depressão, nem conversava, nem se mexia. Leila aprendera a se virar sozinha. Convidou nossas crianças para ficarem. Parvana sabia que não podia ficar ali para sempre, tinha que ir atrás de sua família, mas não podia obrigar a Hassan e nem Azif a ir, ali estavam alimentados e não passavam frio. Tinha comida, tomavam banho e brincavam. Acabaram se acostumando com o lugar, nem imaginava que em alguns dias teriam que sair correndo com a roupa do corpo deixando a vovó para trás devido à um bombardeio na clareira. O vale verdejante fora destruído pelos homens e nossas crianças teriam que se virar de novo, sozinhas, com fome e frio...

Após este episódio se você não tiver chorado você não tem coração. Mas ainda não acabou, é triste quando eles passam fome e decidiram comer um livro. Ela carregava consigo O sol é para todos e iludidos que as páginas do livro tivessem gosto de alimento, o devoraram.

"Parvana arrancou uma página para sim mesma e outra para Hassan, que estava começando a ficar murcho outra vez e não mostrou interesse, -O que estão esperando?- Perguntou Parvana. Ela mordeu a página, arrancando um pedaço. Os outros fizeram o mesmo. O livro não tinha gosto de galinha. Não tinha gosto de nada, mas era alguma coisa para mastigar, e cada criança pegou mais outra página, depois de engolir a primeira."

Depois de tanto passar fome, frio e sede acharam um campo de refugiados. Teriam adulto por perto e lugares que teriam a oportunidade de talvez ganharem comida ou água.

E então Parvana encontrou sua mãe? e Hassan como ficou? E Leila? não conto o fim, pois aí seria muito, mas se já se emocionou com o resuminho e se lesse o próprio livro? Não conheço ninguém que tenha lido este livro, mas amo de todo o meu coração. Sinto no meu coração, que se existe realmente crianças passando a metade da dificuldade de essas crianças passaram elas já são vitoriosas e quem tiver a oportunidade de ajudar, ganha muito com isso.

Às vezes esquecemos do problema que o mundo enfrenta e focamos somente nos nossos problemas, lendo este livro percebemos que nossa vida tá muito boa, que reclamar? não, não posso reclamar, mas sim fazer algo para mudar. Devemos olhar para o lado e estender a mão para quem precisa e tem mais necessidades que a gente.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O que me faz pular - Naoki Higashida


Olá pessoas!!!

Trouxe hoje um livro diferente.
Este livro foi escrito por Naoki, um rapaz de treze anos, portador de autismo.


Ele nos conta sobre o autismo, sobre as dúvidas que temos sobre essas pessoas, como nos comportar, sobre seus medos e ansiedades.
Percebemos que é um rapaz muito inteligente, gosta de ler e estudar, seu sonho era escrever e o fez.
Inicialmente responde várias perguntas, como por exemplo, de o porque gosta de se mexer ou mexer as mãos, porque normalmente não olha para os nossos olhos quando conversa, porque é difícil se concentrar e etc.

"Para as pessoas com autismo, o tempo é tão complicado de registar quanto imaginar a paisagem de um lugar onde nunca estivemos. Não se pode apreender o passar das horas num pedaço de papel Os ponteiros do relógio talvez até mostrem que os minutos e segundos estão correndo, mas o fato de não podermos sentir de verdade isso acontecendo nos deixa nervosos."


E por fim, após esclarecer nossas dúvidas sobre como ele se sente em relação a ser autista e conviver com isso, ele escreve uma história lindinha sobre uma criança que falece e foi para o céu, mas volta para ver sua família, percebe que precisa de fazer algo para felicidade daqueles que não conseguiram suportar o acontecido e resolve voltar para a terra como filho novamente.

"eu pensei que pudéssemos suportar a separação, contanto que nossos corações estivesse ligados, Mas você perdeu a alegria e o desejo de viver, não foi, mamãe? O coração dele parecia estar sendo partido ao meio. Fui eu que causei tanto sofrimento, então sou eu que tenho que ajudá-la. E, se não conseguir, ela vai morrer de desgosto. (...) O futuro é feito por nós. - Por favor, Deus, eu quero estar de novo com a minha mãe."



Um livro lindo que nos mostra a verdade sobre conviver com as diferenças das outras pessoas, sobre que o limite é você quem faz, superação e mostra que essas pessoas tão desprezadas pela sociedade pode ser e fazer qualquer coisa como qualquer outro, a única coisa que precisamos é respeitar e saber entender.



Também sobre autismo, resenhei recentemente o livro Passarinha que é maravilhoso, indico bastante.

Princesa Mecânica - Cassandra Clare

Olá Pessoas!!
Trouxe o último livro das Peças Infernais. Foram uma trilogia, em que muito indico. Este livro, como já tinha dito, é sobre o mesmo universo que Instrumentos Mortais.

Neste livro Tessa Gray se vê numa encruzilhada amorosa e também pessoal.
Ela não sabe ainda quem é, a resposta vem de seu inimigo que a quer viva para usá-la, pois seu dom é se transformar em pessoas.

Mortains sabendo do coração amoroso de Tessa usa como estratégia o pó que Jem, seu noivo precisa para viver. Se ela for ao encontro de seu inimigo Jem terá seu remédio, se não for, morrerá logo.

Temos Will que afastava as pessoas de si, acreditava que não podia deixar ninguém gostar dele, devido uma ameaça demoníaca e com ajuda de Magnus descobriu que era tudo uma farsa que acreditou e isso fez com que mudasse sua vida inteira, mas agora a mulher que ama já estava prometida para seu parabatai, Tessa já tinha aceito casamento com Jem.

"...É sempre melhor viver a verdade do que uma mentira. E aquela mentira o teria deixado sozinho para sempre. Pode não ter tido quase nada durante cinco anos, mas agora pode ter tudo..."

A irmã de Will, Cecily acaba fazendo como ele, fugiu de sua casa e vem morar no instituto, inicialmente fingindo que ficaria, com intenção de convencer Will a voltar com ela. Tinha na sua cabeça a verdade distorcida do que seria os caçadores de sombras, mas descobre que isso é o que ela queria ser. Percebe o amor dele por Tessa e o porque não poderia fazer nada a respeito.

Amei a trama, a história de cada personagem, vemos aqui que partes e personagens do último livro de instrumentos mortais reaparecem, mas só percebemos isso no final e é maravilhoso descobrir isso.

Muito interessante saber também sobre a família Lightwood. No livro, a cada início e fim do capítulo tinha cartas sobre Charlotte, ainda aqui duvidavam da administração desta grande mulher.

Com um fechamento maravilhoso, indico esta série, mas é preciso ler os Instrumentos mortais primeiro para poder se acostumar com o universo.


quarta-feira, 13 de abril de 2016

Shingaling - R. J. Palacio

Olá pessoas!

Trouxe mais um livro apêndice do livro Extraordinário.


A história é contada pelo olhos de Charlotte, a menina que também fez parte do comitê de formatura formado pelo diretor. O escritor foi muito esperto de aproveitar cada personagem. Aqui August nem aparece direito, somente temos ele citado, mas nunca em situação diretas.

Charlotte nos conta sobre suas dificuldades e amizades. Suas amigas de infância já não eram as mesmas com ela e acusava uma pessoa pela mudança delas, mas precisou de conviver com essa pessoa para estudo de dança e assim mudou seu pensamento sobre suas ex amigas. Com isso fez novas amizades, inclusive com Summer que era da roda de amigos de Auggie.

Amei a história sobre o moço cego que tocava para as pessoas na rua. Todos no seu bairro o conheciam, mas de repente o moço não foi mais visto e ela se preocupou com o paradeiro do mesmo. Esse moço também era conhecido por Summer e a busca pelo moço e a dança fez que as duas se unissem, juntamente com a outra jovem.

Uma frase que fez muito sentido de agora em diante depois do livro é: "Deus abençoe a América".
Leia e saberá o porque.


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Plutão - R.J. Palácio

Olá pessoas!!

Trouxe o último extra do livro Extraordinário, que já adianto que é lindo apesar de bem pequeno.

A história conta sobre Christopher o amigo de infância de Auggie, que precisou de se mudar, mas isso não separou os dois, sempre se encontravam. Com isso Chis conheceu novos amigos e percebeu como ser amigo de um menino como Auggie era difícil, devido às restrições que tinha pelo seu problema de nascença.

Suas mães eram melhores amigas e por influência delas acabaram se tornando amigos inseparáveis também.

Chris nunca se importou com a aparência de Auggie, cresceu com ele, percebia a diferença, mas nunca teve vergonha ou nojo. Enxergava ele não só pela aparência, mas pelo garoto super divertido que era e pelas travessuras que faziam juntos. Claro que percebia que chamava a atenção de todos que passavam na rua, não entendia porque as pessoas importavam tanto com a aparência, sendo que o essencial era o interior.

Gostei muito desse personagem, ele é bem engraçado e esquecido. Em um dos dias esqueceu o shorts de educação física, seu trombone e o trabalho de ciências para entregar no primeiro horário, mas só lembrou quando chegou na escola. Sua mãe prometeu buscar e entregar na secretaria antes do primeiro horário terminar, mas não aconteceu como o combinado.

Ficou chateado o dia inteiro pensando que, como todas as vezes, sua mãe acabou desviando a rota para ajudar a mãe de Auggie, já que na mesma semana eles tinham perdido a cadelinha Darth Daisy, já há anos na família.
A família de seu melhor amigo sempre necessitava de ajuda, devido ele sempre estar fazendo cirurgias, e etc. Ele não se chateava por isso, a não ser pelo dia em que a mãe chegou no fim da sua festa de aniversário por causa deles e por aquele dia ser importante e a mãe ter talvez se desviado novamente devido a ajuda aos amigos.

Com isso Chris ficou relembrando os vários momentos juntos brincando.

Como já disse o livro é fofo, levíssimo, nem percebe que acabou de tão lindo.